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29/04/2024



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No Dia dos Pais ele pedalou 2.250 quilômetros para ouvir o coração da filha

 No Dia dos Pais ele pedalou 2.250 quilômetros para ouvir o coração da filha

Quando sentei para escrever esta coluna fiquei na dúvida sobre o título. Antes de decidir, pensei nas alternativas “Para você que acha que o mundo não têm mais jeito…” e também em “Antes de ler, tenha à mão lenços de papel”.

 

Olha: ambas serviriam, e se você for do tipo sensível, recomendo: antes de continuar, pegue os lenços.

 

Em 12 de janeiro de 2017 Abigail (Abbey) Mae Conner, uma jovem norte-americana e o irmão foram retirados inconscientes da piscina de um hotel no México. O rapaz foi reanimado, mas ela não sobreviveu.

 

Abbey, então com 20 anos, estava inscrita como Doadora, e Bill Conner, seu pai, mesmo devastado pela dor, respeitou seu desejo e autorizou a doação de todos os órgãos que pudessem ser aproveitados, sabendo que um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de 8 pessoas.

 

O coração de Abbey foi então transplantado no peito de um homem de 21 anos cuja expectativa de vida era de apenas alguns dias.

 

Naquele mesmo ano, Bill, de 60 anos, decidiu fazer algo de positivo para homenagear a filha. Como há pouco tempo tinha começado a se dedicar ao ciclismo, saiu de bicicleta de Oregon, no Wisconsin, e no Dia dos Pais, após pedalar 2.250 quilômetros, chegou em Pointe Coupee, na Louisiana, onde era esperado por Loumont Jack Jr., o receptor do coração de Abbey, que queria lhe dar um presente.

 

Minutos depois da chegada e após conhecer e ser abraçado longamente por Loumont, este se afastou um pouco e em seguida retornou, entregou a ele um estetoscópio e disse:

 

– É para que você possa ouvir o coração de sua filha.

 

Imagine a cena: no final de sua jornada de bicicleta, cansado e extremamente emocionado, Bill Conner, no Dia dos Pais, pôde conhecer o homem que sua filha salvou e ouvir os batimentos do coração dela.

 

Loumont Jack Jr. disse:

 

– Ela está viva, Bill, ela está viva. É o coração dela.

 

Bill Conner, que se tornou um ferrenho ativista em favor da Doação de Órgãos, antes de continuar a viagem pedalando até a Flórida para visitar a sepultura de Abbey, disse que sua jornada não era apenas uma forma de se conectar com a filha, mas de encorajar cada estranho que encontrava a se tornar um doador registrado:

 

– Isto não é sobre mim. Isto é sobre Abbey e sobre ajudar outras pessoas necessitadas. Ela não teve escolha sobre o que fazer antes de deixar esta terra, mas, ao mesmo tempo, assim como Abbey, quero deixar um impacto mesmo depois de partir.

 

Assista esse encontro emocionante no vídeo a seguir:

 

Leia outras colunas do Gerson Guelmann aqui.

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