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alexandre teixeira

Lista de compras

19/07/2024
alexandre teixeira vinho coluna

Fazer coluna de vinhos demanda uma missão dura para o seu fígado. Para você ler aqui a gente tem que beber do outro lado, e digo para vocês que a semana foi intensa com nada mais nada menos do que seis garrafas de tintos. Sendo três chilenos, um americano, um espanhol e um italiano. Comprei tudo na promoção. Achei todas garrafas com descontos ótimos. Para quem gosta de vinho, quando a promoção aparece, a gente não pode perder a oportunidade.

Eu adoro uma promoção de vinho. Se você tem uma meta de ter uma adega com 100 garrafas por exemplo, é preciso fazer uma programação financeira, uma lista por países, terroir e uvas, ir comprando conforme as oportunidades aparecem. Na Vini Portugal que aconteceu em São Paulo este ano, e que pode vir a Curitiba em 2025, encontrei diversos importadores portugueses com negócios próprios no Brasil. Esse contato direto com produtor/importador é na verdade um mar de oportunidades de bons negócios.

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É preciso CNPJ específico para fazer este tipo de compra, tem ainda a substituição tributária entre um estado e outro, além do frete. Resultado é custo alto e burocracia. Por isso a gente deve agradecer o E-commerce de vinhos com a oportunidade de compras on-line, sem sair de casa. A única reclamação que eu tenho é que o frete, a entrega da encomenda, demora para chegar além de prometido, e você tem que ficar rastreando, se incomodando. A experiência bacana se transforma em stress.

Vamos à parte boa da história que é tomar vinho.

Tomei primeiro um italiano e outro americano. O italiano eu havia tomado ano passado na Vinitaly, a feira de vinhos de Verona, na Itália, a Disneylândia do bebedor, e era muito bom. Não me lembro a safra que tomei na Itália, mas o Ruffino Chianti “Denominazione Di Origine Controllata e Garantita” que tomei aqui estava quase no mesmo padrão. É um vinho moderno, com baixo teor alcoólico, um blend de três uvas, que na taça apresenta uma cor jovem, brilhante, vermelho rubi; com aromas de especiarias, cerejas e flores violetas; e na boca ele é macio, fresco, bastante frutado, com um corpo leve, fácil de tomar. Difícil foi ficar apenas em uma garrafa. A propriedade é de 1877 e fica na Toscana. Precisa de mais explicação?

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A segunda garrafa, o vinho americano, foi um vinho que ficou 8 anos em garrafa. Aviso aos navegantes, as vezes a safra antiga está na promoção porque o prazo que aquele vinho deveria ser tomado para apresentar o melhor de si, expirou, e por isso ele ganhou um desconto. Tem vinho que encalha no estoque, pergunte a qualquer importador ou vendedor que ele vai lhe explicar. Não foi o caso deste vinho. Estava muito bom, apesar do longo tempo em garrafa e com sua rolha de rosca. O Powers é um vinho que passa por um processo complexo de produção, passa meses em barricas de carvalho: o envelhecimento é de 15% em barricas de primeiro uso, 25% em barricas de segundo uso, e 60% em barricas de terceiro de uso. Esse mix entrega um vinho estruturado e potente. Bastante gostoso.

Dicas da semana

1 – Powers. Cabernet Sauvignon. Columbia Valley. Safra 2016. 100% Cabernet Sauvignon. 14,5% de teor alcoólico. Nos sites de e-commerce a partir de R$ 180,00.

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2 – Ruffino Chianti. DOCG. Safra 2022. Blend das uvas Sangiovese, Merlot e Cabernet Sauvignon. 12,5% de teor alcoólico. Nos sites de e-commerce a partir de R$ 118,00.

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