Este singelo escritor, rude cidadão sobre o qual pairam acusações de possuir coração peludo, em vista da pouca importância que dedica aos ritos da sociedade, já esteve envolvido cem por cento nos preparativos para comparecer a um – pasme, leitor – baile de debutantes. Deu-se que naquele ano minha prima Sônia iria debutar no […]Leia Mais
Era um talentoso rapaz de uma cidade do interior de Minas, ali pelo Vale do Mucuri. Um talento diverso do que havia remediado seu pai, posto que o moço não trazia vocação para mascate. E, embora o sobrenome não negasse a origem árabe, em vez de ganhar a vida fazendo crescer o comércio da família, […]Leia Mais
Uma amiga escreve-me, devolvendo um texto que escrevi há quase 50 anos, encontrado em seus guardados, sobre o desejo de morar em um quarto de hotel em Londres. O título era Patético Sonho Meu. Relido tantas décadas depois, descubro que patética era a crônica, traindo a juventude do autor e escancarando a literatura de baixa […]Leia Mais
A família viajava de automóvel para o nordeste, em razoável harmonia dentro de um espaçoso Aero Willys. Era viagem de três, quatro dias, pela BR-116 ainda em boas condições, sem o intenso movimento de hoje. Uma das paradas foi em Caratinga, terra de gente famosa como Ziraldo, Ruy Castro e Agnaldo Timóteo. Meu pai […]Leia Mais
Tânia estava me levando a um evento, em meio ao trânsito endemoniado dos fins de tarde, quando recebo uma mensagem no whats. Minha nora, viúva do Fábio, comunicando que o presidente da Câmara Municipal, vereador Marcelo Fachinello, lhe havia dado a notícia de que o Jardinete Jornalista Fábio Buchmann, em processo de implantação no Bacacheri, […]Leia Mais
Meninos, eu vi. Não o jogo de ontem, mas os de antigamente. A cidade pegava fogo, com o bando da zona sul enfrentando a turma da zona norte. Não se tratava de nenhum Fluminense x Vasco, mas era um clássico de proporções homéricas. Refiro-me a América x Caxias, o maior duelo do norte-catarinense a […]Leia Mais
O que tanto pesa nos ombros daquele homem grisalho que ali vai, com um pacote de presente embaixo do braço? Hoje ele faz 75 anos – informação que não sei, mas deduzo pelo pacote. Seu andar já não é tão rápido quanto era anos atrás, quando o vi fazer esse mesmo caminho de todo dia. […]Leia Mais
Nada é mais estranho aos meus hábitos do que envergar uma farda. Não no sentido que a ela se dá no Nordeste, a significar uniforme escolar, mas em referência às corporações militares ou assemelhadas. A única que usei foi a de escoteiro, em curto período, aos 10 anos de idade. Após ser desligado do […]Leia Mais
A irmã de um colega de colégio iria fazer aniversário. Festa chique, na região do Country Club, a exigir gravata até a adolescentes como eu. Meus pais deixaram-me no local, com uns cruzeiros no bolso e recomendações de toda ordem sobre como voltar para casa. Seria minha primeira festa – eu tinha uns 14 ou […]Leia Mais
A geração que nasceu no pós-guerra, segunda metade dos anos 40 e na década seguinte, foi acostumada desde a infância a conviver com certos hábitos hoje banidos da rotina familiar. Muito se deve à indústria cinematográfica norte-americana, com seus galãs sempre de cigarro na boca, chacoalhando na mão um copo de whisky ou, as mulheres, […]Leia Mais